terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quase alucinação

Um dia te desejei
na mais alta loucura da minha estupidez
te rondei, te despi
na minha imaginação tão egoísta

e tu eras assim
tão meu - tão teu - tão nós
a meia-noite ou a luz do dia
atemporal devaneio

parei!
dividi a verdade da ilusão
e tudo me pareceu normal
cada qual em seu lugar

imaginar me fez feliz
e colocou um ponto final
nesse romance tão curto
entre eu e meu ego ideal

2 comentários:

  1. Oi, Natalye, boa noite-madrugada!!
    Minha querida freudiana. Algo do ego id, algo do estabelecimento do narcisismo infantil, será mesmo estupidez e egoísmo. Mas ah! que dá romance adolescente e adulto, isso dá. O desse poema (lindíssimo poema, aliás) foi alegadamente tão curto, mas custo a crer. Tendo divido a verdade da ilusão, restou que a verdade lhe foi tão favorável! E é difícil acabar romance com o ego ideal, quando a verdade está no espelho, no talento, na graça, por todo o canto, dizendo: em tudo isto, és bela!
    Uma graça esse poema! Uma doce quase alucinação.
    Um beijo carinhoso
    Lello

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