quinta-feira, 28 de julho de 2011

É preciso mergulhar.

Nas minhas leituras, me deparei com um trecho bem reflexivo:
"Se você quer entender seu mundo, você tem de mergulhar nas águas turbulentas e deixar que a correnteza lhe mostre o caminho." 

Essa é só a conclusão de uma história onde não bastava o príncipe observar o rio para entender como governar um país. Era preciso mergulhar profundamente e se deixar levar pelas águas fortes observando tudo ao redor.

PARA ENTENDER UM MUNDO É PRECISO FAZER PARTE DELE!!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Histórias curtas.

E a perfeita rosa que desabrochava me fez inebriante e admirado.
Vi crescer tão única e especial que encantava este beija-flor.
[...]
Perfeita rosa que me marcou
foste tu, em meio a tantas outras
que nunca esqueço
meu divino amor.

Seja um ouvinte seletivo.

Hoje achei um texto escrito por mim há um ano atrás. Por incrível que pareça este texto condiz com um momento que acabei de passar. Ele aborda o significado da palavra pronunciada. Falar não é simplesmente proferir frases, é tocar o outro. Confira:


Já dizia Mark Twain que "a diferença entre a palavra certa e a palavra errada é a diferença entre um raio e o erro do relâmpago". E é verdade. A palavra errada pode ser destruidora, criadora de desencontros, ruído de uma fala mal compreendida. As palavras tem poder de provocar sentimentos, assim como o silêncio pode causar impacto.

Como ouvintes, nem sempre escutamos o que queremos e aquela palavra ou frase ouvida pode soar como uma grande ofensa que repetida milhões de vezes a si próprio causa imensa dor. Dessa forma, as palavras podem construir ou destruir relações. E isso me faz pensar que se os olhos são o retrato da alma, as palavras são sua personalidade. Por mais que palavras ao vento, sejam apenas ditas sem pensar, seu sentido, para quem escuta, pode ser muito importante e difícil de perdoar. E é por esse motivo que é preciso ter imenso cuidado no que iremos proferir e para quem dirigiremos nossas palavras.

Como seres humanos imperfeitos temos a capacidade de muitas vezes falar o que não é necessário e magoar por tão pouco. Ou até mesmo se magoar qdo não escutamos exatamente o que gostaríamos. Bom, o primeiro passo pra desfazer esse desencontro sonoro, como ouvinte e não locutor, é entender que cada um se expressa da sua própria maneira e que esperar escutar algo como se quer só trará frustração. Compreender o outro: eis a primeira lição! Respeitar sua opinião: segunda lição! Porém, se compreender o discurso do outro e respeitá-lo não for suficiente para você mesmo se sentir bem, então é sinal de que você está procurando outra pessoa, outra atitude, outro discurso mais parecido com o seu.

Pense em tudo que você diz, mas principalmente, em tudo que você escuta. O discurso deve ser agradável aos ouvidos, sutil ao coração. Porque se a palavra dita provocar desconforto como o estrago de um relâmpago, é sinal que você precisa repensar. A responsabilidade por escutar o que magoa é também do ouvinte que aceita certos discursos e permite que novas situações destas aconteçam. Por isso é muito mais importante saber o que se quer ouvir, do que o que se vai falar. Não estou dizendo que não é necessário pensar no que vamos falar. Com certeza é preciso, para não magoarmos o outro. Mas o que quero enfatizar é que quem escuta o que não quer e se fere com isso tem boa parcela de culpa ao continuar permitindo este tipo de diálogo. Da próxima vez, mude o locutor ao invés de continuar a se magoar com as palavras.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pois é...

E a gente ainda tem que ter paciência.

"Tudo muda o tempo todo no mundo." Eu também.

Mudança e adaptação. Adaptar-se ao novo, a rotina que muda, as pessoas que já não farão parte do dia-a-dia. Uma nova fase que se inicia. Um ciclo que começa e outro que termina. Estou passando por essa fase, que dá medo, que dá ansiedade, que dá uma felicidade repentina e que absorve toda a concentração em novos projetos. Mudar de emprego e de estilo de vida não é nada simples. Requer coragem e uma atitude positiva.

Me pego pensando na nova rotina, na vida de estudante que serei obrigada a investir e me apoiar. Toda a segurança financeira que dá uma liberdade de compras, viagens e decisões vou ter que deixar um pouquinho de lado. Ser mais dependente dos meus, do lar e das atividades mais corriqueiras que somos naturalmente forçados a representar. E me sair bem.
Bom, eu explico: já me formei, já trabalhei por 2 anos e continuo um estudo que ainda não encerrei. Outra faculdade que vai me dar mais confiança profissional e pontos no currículos. Precisava terminar esse outro curso, mas com as atividades que desempenhava, como trabalho e aula era quase maçante. Muito difícil de conseguir êxito em ambas. Se o trabalho era prioridade, a aula era obrigação. Por mais gostoso e interessante que o curso de administração seja, o cansaço do dia-a-dia e o esforço mental que o trabalho me exigia, minavam e prejudicavam um pouco o desempenho da faculdade. Sei muito bem que várias pessoas conseguem desempenhar com êxito as duas coisas ao mesmo tempo. Mas eu cansei de não poder ser a aluna dedicada que queria ser. Não fazer uma coisa bem feita me deixava chateada, desestimulada.

Pois então, voltarei a ser só estudante pra terminar este curso de uma vez por todas. Para aprender mais, crescer mais na profissão. Como são difíceis os embates que traçamos no término de uma faculdade quando somos jogados no mercado de trabalho. Na minha área, por exemplo, poucas oportunidades, vícios empresariais, comportamentos de mercado repetitivos e pouco retorno financeiro. Porém, o retorno pessoal sempre foi incrível, tanto na rede contatos ampliada, quanto no amor pelo que faço. Sou apaixonada por publicidade, por essa rotina sem fórmulas, por esta liberdade de criação. Lidar com o imaginário dos consumidores, com as necessidades de compra e melhor, com sonhos. Publicidade é tão prazeroso que vira vício. A gente quer criar, mostrar as nossas idéias, discutir, sentir aquele gostinho: - olha só, essa idéia ali no comercial foi minha! Tu viu? Super bacana. Mas, ainda assim, o mercado é traiçoeiro. Nos formamos para ganhar muito pouco e trabalhar muito. Bom é ser dono. Bom é mandar.(rs) Mas calma lá! Tudo no seu devido tempo.

Meu bem, medo de voltar as classes e viver só disso. Se por um horizonte, eu vou finalmente aprender mais, eu também vou fazer menos. Puxa! Que difíceis as escolhas profissionais. Que caminho? Qual foco? Como será daqui 5 anos. Rezo para acertar nas escolhas. Penso diariamente.
Ser "gente grande" não é fácil. Muita gente adia esse inevitável fim. Ou começo. Tem "adolescente" de 20 e poucos anos morando com os pais. Tem "adulto" de 30 ainda vivendo das mordomias da casa da mamãe. Eu não quero isso.Eu quero mais! Mas o "mais" vem com muito esforço e vai depender das escolhas certas. Muita hora nessa calma. Muita força na peruca. O próximo semestre vai ser punk. Aulinhas da faculdade, o inglês, atividade física de novo! Parece que vai sobrar tempo pra muita coisa. E isso me assusta! Não gosto do ócio. Eu gosto do desafio. E por enquanto o desafio vai ser este: levar uma vida de estudante olhando para o futuro. E pensar que este sacrifício (em partes) pode ser muito bem recompensado mais adiante. É tudo que eu espero.

domingo, 1 de maio de 2011

(In)permanência

Estranho o vai e vem de pessoas na minha vida. Será que são as pessoas passageiras ou eu mesma que não me levo a sério? Talvez seja esse movimento giratório da ânsia de encontrar um lugar seguro, um repouso tranqüilo, uma prova de confiança. Espero demais. Me refiro à expectativa, porque esperar eu não espero. Eu vou. Olho para um lado e para outro, procuro referências e sigo. Espero permanência, mas não paro. Me seguro em uma chance e espero pelo melhor. Aposto sem conferir as fichas. Muitas vezes saio no negativo e aí me lanço em outra jogada para ganhar mais uma vez. Não desisto. Talvez seja realmente a minha falta de solidez nos contatos, mas ainda acredito na liquidez dos afetos, na impermanência das relações atuais e na minha inexperiência (ou falta de esperteza) com o outro.

Se antes eu tinha medo de encarar o desafeto, de impor limites e dizer não. Hoje eu não recuo, respondo e me posiciono. Mesmo assim o permanente é quase irrisório, muito pouco. Mas isso já não é comigo, isso sim, é culpa do que chamamos hoje de "liberdade". Livre arbítrio de ir e vir, de ficar ou andar das relações e dos sentimentos. Falta permanência, falta raiz, faltam referências. Aquele ponto onde você sabe que pode se apoiar. Mas é que hoje as pessoas são tão sozinhas, tão suas que as múltiplas referências, milhares apostas são válidas, são freqüentes. Todo mundo já se acostumou a ser assim. Eu não.

Ta aí! Talvez seja isso! Enquanto procuro permanecer e criar laços, os outros só querem um tempo, uma breve permanência, uma nova jornada. A resposta para aquela pergunta lá do início, tá aqui. Eu levo a sério, até demais. E é por isso que eu fico e os outros passam. Ou diria que eu passo e os outros ficam?! Sei lá, isso é questão de referencial. E quer saber, tô cheia das referências. Quero saber de mim, do meu mundinho tão bonito e esperançoso que até cansa. Logo me lanço em novas descobertas, mas desta vez não serão descobertas sobre os outros, serão sobre mim mesma, minhas múltiplas facetas e o momento permanente meu.


O tempo é do “eu”
“Nós” virou luxo
 Lixo.
 Depende?
 Independe de tudo
 Agora é cada um com o seu

Bombear atômico de uma confissão.

As palavras são muitas. As emoções são reflexos do que a alma grita e os olhos não conseguem mostrar. É preciso mais. É preciso exposição, gritos, confissão. Tudo que se sente se esvai em palavras: altas, trêmulas ou quase mudas.  Só assim é que a alma chora. Muda-se a freqüência conforme o corpo evolui a dor. Pontua- se.

[Entonação]

Verborrágica ação de sentido, de libertação. Hora de jogar tudo pra fora, esvaziar o coração.

[Explosão]

Exterioriza-se na linguagem o que o consciente e o subconsciente resolveram não calar. Amacia-se a raiva na conformidade, na medida que a voz cansa e a alma se regozija de calmaria. Da boca saiu o asco, o orgulho, a incompreensão. Palavras libertas. Agora já corre no ar e some no vento. O que causou não se sente. Só é possível saber que não ocupa mais a totalidade da dor. Foi ato de despreendimento da alma que descansa na tranqüilidade e sabe que já não lhe pertence mais tanto caos.

À espera.

Vai chegar de mansinho, bem devagarinho. Vai tomar conta de um cantinho empoeirado, deixado de lado, mas todo especial. Limpar a tristeza, varrer a incerteza e redecorar com amor. Que bom vai ser sentir esse toque delicado, esse sussurro marcado nos momentos mais vertiginosos. A alma quer ser levada com a riqueza e a pureza dos verdadeiros sentimentos.

Reservo essa esperança tão pequena e tão antiga de cair nos teus braços e chamar de meu amor. Como é gostoso sentir assim. Alimento a convicção de que por uma proteção maior, está guardado alguém com os mesmos anseios. Não que isso falte ou me faça incompleta, mas é algo que alimenta os dias e acrescenta. Pois se a alegria só existe se compartillhada, a vida só é admirada se vivida com a intensidade do amor.

Sem pressa, sem desespero. Tão somente anseio, certeza de que existe. E em algum momento virá tão doce, quanto já vi existir. E tudo que já passou constrói esse momento. Com certeza virá mais valorizado e melhor conduzido. O tempo nos faz míopes e incrédulos. Desconfiados, mas não menos esperançosos. Alguém me escuta e compartilha assim? Assim...a sensação de que ainda existe e que ainda surgirá completo e desvestido de mitos e inseguranças.

Hoje é complicado, relações rápidas e laços afrouxados. Mas ainda há os amantes antigos que acreditam na história do final feliz. Não há perfeição, mas há a visão de que um relacionamento pode ser levado com solidez e plenos sentimentos. É preciso olhar para o mesmo lado, percorrer os mesmos objetivos e cuidar quem está ao lado. Vão haver percalços, mas há um querer maior. Este que só o verdadeiro querer é capaz de manter, absorver e fazer crescer o amor. Existe quase extinto algo que me move nessa direção. Tá guardado. Sempre dizem. Tá guardado por merecimento, por atitudes coerentes que nos levarão a esse ponto. Bem devagarinho, quase desistindo. Uma luz que ilumina o coração, que move o mundo. Tudo tem seu tempo. Ah, o tempo! Mas desistir jamais, o infinito é bem maior. 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Arte & Expressão

E no universo da internet achei lindas ilustrações de Manuel Rebollo. Artista que não conhecia e me deixou fascinado com suas impressões sobre a alma feminina.


Um quadro destes na minha casa seria lindo demais. Expressivo, único e cheio de significado!

Uma seleção das ilustrações preferidas (by me):


"Homen in technicolor"


"The fascinating journey in elevator"


"oh chéri"


 "Love is Black & White"


"You're so vain but I'll love you so much tonight."

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quase alucinação

Um dia te desejei
na mais alta loucura da minha estupidez
te rondei, te despi
na minha imaginação tão egoísta

e tu eras assim
tão meu - tão teu - tão nós
a meia-noite ou a luz do dia
atemporal devaneio

parei!
dividi a verdade da ilusão
e tudo me pareceu normal
cada qual em seu lugar

imaginar me fez feliz
e colocou um ponto final
nesse romance tão curto
entre eu e meu ego ideal

Qual a sua loucura?

E pensar que tem dias que a gente comete loucuras, leia-se atitudes contrárias ao que julgamos "correto" e passamos a nos culpar pelos erros e impulsos. Sejam eles quais forem! Uma frase mal dita, uma palavra mais ferrenha ou uma mão que não estendemos. Até aqueles erros bestas que cometemos por amor, por excesso de zelo ou por ciúme.

É da nossa natureza ceder à algumas tentações, passar por provas de fogo e sentimentos dualistas. Somos colocados na berlinda entre o certo e o errado muitas vezes. Temos a livre escolha, temos o coração e a razão. Somos humanos tentando se relacionar com humanos, com a natureza - com a vida. Errar faz parte da trajetória. Acertar também. Perdoar mais ainda. Somos inconstantes em busca da constância. Constância esta que nos conduza à sensação de paz. E vivemos assim, intercalando momentos de rebeldia com momentos de sensatez.

Hoje paro e penso que agir "corretamente" faz melhor para a alma. Mas o "correto" é relativo à cada um. Demorei para me desligar do "correto" da sociedade, da família e achar a minha versão, as minhas certezas,  definições e princípios do que é certo. Então, o correto é - para mim - o que está de acordo com meu coração. Em geral é o que se faz em prol da felicidade própria sem transpor o respeito com as pessoas que nos cercam. Agindo assim, me sinto correta e merecedora.

Em resumo, percebi que o que é correto para mim não precisa, necessariamente, ser correto para o outro. E mesmo assim, me sinto plena e verdadeira! Reverencio as diferenças que nos fazem tão diversos e interessantes no altar particular de cada um.

Por isso, vale a pena investigar o que tanto nos marca e entender o que para nós tem significado bom e ruim. Seguir os nossos preceitos e julgar por nossas bases. Erramos sim! Mas vencemos se após o erro é possível reconhecê-lo e mudar. E digo mudar com referência à melhorar. Crescer. Amadurecer. Ser o que julgamos ser. Não o que se espera de nós. Mas o que esperamos sentir, compartilhar ou doar aos outros. O que somos de melhor. No que podemos ser melhores - e diferentes - e tão iguais se levarmos em conta o objetivo comum de ser único e especial. Nas nossas incongruências convergimos no desejo de ser feliz.

Desejo que o meu "eu" seja tomado de sinceridade comigo mesma, cada vez mais. Qual a minha loucura? Ser tão "eu" nesse mundo quadrático, enformado e moldado pelo "nós".  

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Tem algo assim, com gosto de não sei o quê.

Tem algo assim, meio abstrato e vago no meu olhar. Parece tão sereno, mas tem minutos de vertigens, suspiros, elouquência e inexistência. Por mais que a vida esteja traquila, daquele jeito -"tá tudo bem" - o coração tem ânsia de alguma coisa que não sei o quê! Talvez um sentimento forte, arrebatador, daqueles que nos faz perder a cabeça e colocam emoção no dia-a-dia. Esses que só a paixão é capaz de protagonizar. Paixão pela vida e suas voltas - e seus mistérios.

Parece tarde de domingo, aliás, é tarde de domingo. Saborosa, sonolenta, tranquila, mas falta.. Falta sim! Falta aquele momento clímax, de enlouquecer, "botar pra ferver" e viver.
A vida é assim, eterna ânsia de mais, mais amor, mais barulho, mais tesão. Rotina desnorteada, bagunça arrumada, gosto de paixão! O silêncio me acomoda, me retém num universo a parte, numa conexão comigo mesma, com o que sou. Mas o inesperado, desperta!
Como quero encontrar o que meu olhar tanto procura. Olhos além, mirando não sei o quê, mas ao certo, deve ser algo muito louco e apaixonante. Vou em busca desse sentimento reverso que liberta, que desatina e conserta essa vida tão cheia de surpresas e solidão.

Preciso

Caio Fernando conseguiu dizer tudo que eu gostaria:

"Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. No meio da fome, do comício, da crise, no meio do vírus, da noite e do deserto - preciso de alguém para dividir comigo esta sede. Para olhar seus olhos que não adivinho castanhos nem verdes nem azuis e dizer assim: que longa e áspera sede, meu amor. Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio - tão cansado, tão causado - qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um caminho."

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011


Dois pesos, duas medidas. Assim são as escolhas e as consequências. Razão ou coração? Ficar ou ir? Faça sua aposta e não olhe pra trás. Sempre em frente!

"A razão é como uma equação
De matemática....tira a prática
De sermos...um pouco mais de nós."

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Movimento contínuo!

Percebi que aqui neste blog, tenho uma grande válvula de escape onde escrevo problemas do cotidiano para tentar entender e refletir melhor circunstâncias que desnorteiam a minha vida, ora ou outra. O problema alheio nunca foi a melhor leitura, mas a escrita para quem se arrisca pode ser, com certeza, uma ótima solução.

Depois de algum tempo, páginas de calendário viradas, a vida segue o rumo, com os mesmos extremos de alegrias e desatinos. A mudança interior é contínua, assim como a reavaliação e o crescimento da alma. Já terminei um relacionamento que me perturbava, senti a liberdade de poder fazer as próprias escolhas e testar muitas delas. Já fui e voltei entre o ponto alto da sensação de realização à momentos de tristeza e medos que tanto me anseiam. Tarefa difícil essa de ser gente grande! Nem tudo é festa e nem tudo é perda. A vida se renova e nós também.

Busco nesses momentos de incerteza alguma fé bem maior, a crença de que tudo passa e que logo o tempo se revela um grande professor. Ao olhar para trás, enxergamos muito melhor as situações. O tempo é aquele professor mais crítico e carrancudo, que puxa a orelha do aluno, dá lições de casa, e alterna nos papéis de carrasco e amigo. Na verdade, com o objetivo de desenvolver nossos potenciais e nos ver mais fortes e mais destemidos. E o reconhecimento de nós mesmos é resultado de dedicação, esforço e atitude de vencedor.

Nestes caminhos, com tantas curvas e atalhos, a gente se depara com situações de risco e medo. Mas o livre arbítrio, que deveria ser libertador, é o que mais desatina. Seria mais fácil se alguém nos apontasse o caminho mais cômodo, menos íngreme e que por ali nos lançássemos com a certeza da felicidade. Mas nem sempre é assim. Criamos a nossa trajetória e somos resultado das nossas escolhas. E aqui cabe um parêntesis (somos movidos pela emoção). Aí nem sempre o coração acerta.

Nestas horas, a fé, é o melhor antídoto. Acreditar que a vida não nos trapaceará e que, acima de nós, existe um Deus amoroso em um universo que move tudo a nosso favor.
Assim acredito, mas nem sempre basta. Somos imediatistas, queremos a resposta hoje, a melhora agora, o sentimento de paz para ontem. E eu digo "calma alma minha, calminha! Você ainda tem muito que aprender".

Quão difíceis são os desafios! Principalmente a angústia de não saber as melhores respostas e os melhores caminhos. Sinto ansiedade, tenho pânico de diversas situações e o que mais quero é poder me livrar do medo e ser mais corajosa para enfrentar a vida e me colocar à prova. Que deste momento no qual me encontro, consiga aprender a controlar os anseios, ter tranquilidade nas escolhas e força para seguir em frente.

2011 começou e me lanço neste clima de esperança e renovação. Página branca para preencher uma história de vitórias.
Assim seja! (para todos nós)