terça-feira, 21 de junho de 2011

Histórias curtas.

E a perfeita rosa que desabrochava me fez inebriante e admirado.
Vi crescer tão única e especial que encantava este beija-flor.
[...]
Perfeita rosa que me marcou
foste tu, em meio a tantas outras
que nunca esqueço
meu divino amor.

Seja um ouvinte seletivo.

Hoje achei um texto escrito por mim há um ano atrás. Por incrível que pareça este texto condiz com um momento que acabei de passar. Ele aborda o significado da palavra pronunciada. Falar não é simplesmente proferir frases, é tocar o outro. Confira:


Já dizia Mark Twain que "a diferença entre a palavra certa e a palavra errada é a diferença entre um raio e o erro do relâmpago". E é verdade. A palavra errada pode ser destruidora, criadora de desencontros, ruído de uma fala mal compreendida. As palavras tem poder de provocar sentimentos, assim como o silêncio pode causar impacto.

Como ouvintes, nem sempre escutamos o que queremos e aquela palavra ou frase ouvida pode soar como uma grande ofensa que repetida milhões de vezes a si próprio causa imensa dor. Dessa forma, as palavras podem construir ou destruir relações. E isso me faz pensar que se os olhos são o retrato da alma, as palavras são sua personalidade. Por mais que palavras ao vento, sejam apenas ditas sem pensar, seu sentido, para quem escuta, pode ser muito importante e difícil de perdoar. E é por esse motivo que é preciso ter imenso cuidado no que iremos proferir e para quem dirigiremos nossas palavras.

Como seres humanos imperfeitos temos a capacidade de muitas vezes falar o que não é necessário e magoar por tão pouco. Ou até mesmo se magoar qdo não escutamos exatamente o que gostaríamos. Bom, o primeiro passo pra desfazer esse desencontro sonoro, como ouvinte e não locutor, é entender que cada um se expressa da sua própria maneira e que esperar escutar algo como se quer só trará frustração. Compreender o outro: eis a primeira lição! Respeitar sua opinião: segunda lição! Porém, se compreender o discurso do outro e respeitá-lo não for suficiente para você mesmo se sentir bem, então é sinal de que você está procurando outra pessoa, outra atitude, outro discurso mais parecido com o seu.

Pense em tudo que você diz, mas principalmente, em tudo que você escuta. O discurso deve ser agradável aos ouvidos, sutil ao coração. Porque se a palavra dita provocar desconforto como o estrago de um relâmpago, é sinal que você precisa repensar. A responsabilidade por escutar o que magoa é também do ouvinte que aceita certos discursos e permite que novas situações destas aconteçam. Por isso é muito mais importante saber o que se quer ouvir, do que o que se vai falar. Não estou dizendo que não é necessário pensar no que vamos falar. Com certeza é preciso, para não magoarmos o outro. Mas o que quero enfatizar é que quem escuta o que não quer e se fere com isso tem boa parcela de culpa ao continuar permitindo este tipo de diálogo. Da próxima vez, mude o locutor ao invés de continuar a se magoar com as palavras.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pois é...

E a gente ainda tem que ter paciência.

"Tudo muda o tempo todo no mundo." Eu também.

Mudança e adaptação. Adaptar-se ao novo, a rotina que muda, as pessoas que já não farão parte do dia-a-dia. Uma nova fase que se inicia. Um ciclo que começa e outro que termina. Estou passando por essa fase, que dá medo, que dá ansiedade, que dá uma felicidade repentina e que absorve toda a concentração em novos projetos. Mudar de emprego e de estilo de vida não é nada simples. Requer coragem e uma atitude positiva.

Me pego pensando na nova rotina, na vida de estudante que serei obrigada a investir e me apoiar. Toda a segurança financeira que dá uma liberdade de compras, viagens e decisões vou ter que deixar um pouquinho de lado. Ser mais dependente dos meus, do lar e das atividades mais corriqueiras que somos naturalmente forçados a representar. E me sair bem.
Bom, eu explico: já me formei, já trabalhei por 2 anos e continuo um estudo que ainda não encerrei. Outra faculdade que vai me dar mais confiança profissional e pontos no currículos. Precisava terminar esse outro curso, mas com as atividades que desempenhava, como trabalho e aula era quase maçante. Muito difícil de conseguir êxito em ambas. Se o trabalho era prioridade, a aula era obrigação. Por mais gostoso e interessante que o curso de administração seja, o cansaço do dia-a-dia e o esforço mental que o trabalho me exigia, minavam e prejudicavam um pouco o desempenho da faculdade. Sei muito bem que várias pessoas conseguem desempenhar com êxito as duas coisas ao mesmo tempo. Mas eu cansei de não poder ser a aluna dedicada que queria ser. Não fazer uma coisa bem feita me deixava chateada, desestimulada.

Pois então, voltarei a ser só estudante pra terminar este curso de uma vez por todas. Para aprender mais, crescer mais na profissão. Como são difíceis os embates que traçamos no término de uma faculdade quando somos jogados no mercado de trabalho. Na minha área, por exemplo, poucas oportunidades, vícios empresariais, comportamentos de mercado repetitivos e pouco retorno financeiro. Porém, o retorno pessoal sempre foi incrível, tanto na rede contatos ampliada, quanto no amor pelo que faço. Sou apaixonada por publicidade, por essa rotina sem fórmulas, por esta liberdade de criação. Lidar com o imaginário dos consumidores, com as necessidades de compra e melhor, com sonhos. Publicidade é tão prazeroso que vira vício. A gente quer criar, mostrar as nossas idéias, discutir, sentir aquele gostinho: - olha só, essa idéia ali no comercial foi minha! Tu viu? Super bacana. Mas, ainda assim, o mercado é traiçoeiro. Nos formamos para ganhar muito pouco e trabalhar muito. Bom é ser dono. Bom é mandar.(rs) Mas calma lá! Tudo no seu devido tempo.

Meu bem, medo de voltar as classes e viver só disso. Se por um horizonte, eu vou finalmente aprender mais, eu também vou fazer menos. Puxa! Que difíceis as escolhas profissionais. Que caminho? Qual foco? Como será daqui 5 anos. Rezo para acertar nas escolhas. Penso diariamente.
Ser "gente grande" não é fácil. Muita gente adia esse inevitável fim. Ou começo. Tem "adolescente" de 20 e poucos anos morando com os pais. Tem "adulto" de 30 ainda vivendo das mordomias da casa da mamãe. Eu não quero isso.Eu quero mais! Mas o "mais" vem com muito esforço e vai depender das escolhas certas. Muita hora nessa calma. Muita força na peruca. O próximo semestre vai ser punk. Aulinhas da faculdade, o inglês, atividade física de novo! Parece que vai sobrar tempo pra muita coisa. E isso me assusta! Não gosto do ócio. Eu gosto do desafio. E por enquanto o desafio vai ser este: levar uma vida de estudante olhando para o futuro. E pensar que este sacrifício (em partes) pode ser muito bem recompensado mais adiante. É tudo que eu espero.